A vitrine cripto da Ásia ficou mais diversa: a ChinaAMC listou na HKEX o primeiro ETF spot de Solana (SOL), com negociação em HKD (3460), USD (9460) e RMB (83460). O fundo detém SOL físico e busca espelhar o preço antes das taxas um atalho regulado para quem prefere operar via bolsa, com formação de preço transparente e custódia institucional.
Ao mesmo tempo, os desenvolvedores do Ethereum cravaram 3 de dezembro como data do Fusaka, segundo dev call e comunicados à imprensa. O upgrade é o segundo hard fork de 2025 e tem como destaque o PeerDAS (Peer Data Availability Sampling), peça de escala que melhora a disponibilidade de dados para rollups/L2, reduzindo custos de operação e abrindo espaço para mais transações sem sacrificar segurança.
Como “order book + criação/resgate” melhora o preço de SOL e por que o PeerDAS reduz atrito nas L2
Do lado de SOL, o mecanismo de criação e resgate do ETF, combinado a market makers plugados ao order book global, tende a apertar spreads e a suavizar desvios entre NAV e preço de mercado. Na prática, SOL ganha um canal institucional: arbitragem entre o ETF e o mercado cripto ajuda a estabilizar cotações em pregões turbulentos. O desenho de Hong Kong que recentemente permitiu integração de livros de ofertas com afiliadas no exterior reforça a profundidade.
Do lado de ETH, o PeerDAS reduz a necessidade de cada validador lidar com todo o volume de dados, tornando mais barata e eficiente a publicação de dados dos rollups. Isso se traduz em L2 mais escaláveis, taxas potencialmente menores e melhor experiência para apps intensivos em dados (DeFi, RWA, games). O pacote do Fusaka reúne cerca de uma dúzia de EIPs com foco em segurança, sustentabilidade e escala.
O que muda para o investidor (5 efeitos práticos)
- Liquidez em SOL: ETF spot cria ponte regulada entre bolsa e cripto; espere spreads mais justos e arbitragem mais ativa.
- Acesso multimoeda: counters em HKD, USD e RMB ampliam a base de participantes no produto.
- Preço mais estável em estresse: criação/resgate + market making ajudam a segurar distorções intradiárias.
- L2 do Ethereum mais baratas: com PeerDAS, apps em L2 tendem a baratear e escalar, favorecendo uso real (pagamentos, games, DeFi).
- Roteiro confiável: cronograma fechado (3/12) passa confiança operacional e reduz incerteza técnica.
Contexto de Hong Kong: liquidez não é acaso
A mudança local para permitir o compartilhamento de order books entre plataformas licenciadas e afiliadas no exterior é peça central da estratégia de atrair liquidez global. Esse ajuste regulatório, anunciado na Fintech Week e detalhado pela SFC, visa eficiência de preço e profundidade fundamentos que favorecem o lançamento de ETFs temáticos como o de SOL.
O que monitorar nas próximas semanas
- Tracking do ETF de SOL: diferença entre NAV e preço, volume por counter (HKD/USD/RMB) e atuação de market makers.
- Métricas de L2 pós-Fusaka: custo médio por transação, throughput e adoção de dApps que consomem muitos dados.
- Fluxos institucionais na Ásia: evolução do interesse por produtos listados (BTC/ETH já foram o “primeiro passo”; SOL é a “segunda onda”).
Conclusão
Liquidez e escala são os nomes do jogo. O ETF de SOL em Hong Kong facilita a entrada de capital regulado e torna a formação de preço mais eficiente. O Fusaka no Ethereum aumenta a capacidade das L2 e reduz atrito operacional. Juntos, eles sinalizam um ecossistema que amadurece: portas de entrada melhores e estradas mais largas para a próxima fase de adoção.



