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Mercado de criptomoedas em recuperação: rali de alívio em meio a medo extremo

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Após uma flushada que apagou US$ 60 bi e gerou US$ 400M em liquidações, o mercado de criptomoedas se recupera com BTC em US$ 91 a 92k e ETH acima de US$ 3.120, mas o índice de medo e ganância segue em extremo medo. Entenda o cenário.


Introdução: preço subindo, sentimento ainda travado no medo

Depois de um fim de semana pesado, o mercado de criptomoedas amanhece em modo rali de alívio:

  • Market cap cripto na faixa de US$ 3,1 a 3,2 trilhões, subindo algo entre 1,5% e 1,7% nas últimas 24h;
  • Bitcoin (BTC) rodando em torno de US$ 91.000 a 92.000, após ter mergulhado abaixo de US$ 88.000 recentemente;
  • Ethereum (ETH) na região de US$ 3.120 a 3.160, com ganhos de ~2% a 3% no dia.

Esse movimento vem logo depois de uma flushada forte:

  • cerca de US$ 60 bilhões apagados do valor de mercado em pouco tempo;
  • mais de US$ 400 milhões em liquidações de derivativos, com BTC, ETH e outros sendo estopados à força.

Ao mesmo tempo, o Índice de Medo & Ganância segue em 20 a 24/100, faixa de “medo” / “medo extremo”, segundo dados de Alternative e agregadores de sentimento.

Ou seja:

preço reagindo pra cima, mas o humor segue pesado.

Neste artigo, vamos ver:

  • o que explica essa recuperação;
  • por que o sentimento ainda é de medo;
  • como isso impacta o trader e o investidor brasileiro que olha para cripto como parte da carteira.

1. O que aconteceu no fim de semana: a tal “flushada”

1.1. Liquidações em cascata

A queda recente foi marcada por um padrão clássico de mercado alavancado:

  • traders com posições long alavancadas em BTC, ETH e altcoins;
  • preço começa a ceder, rompendo suportes de curto prazo;
  • algoritmos de risco nas corretoras passam a estopar posições automaticamente;
  • isso vira liquidação em cascata, empurrando o preço ainda mais pra baixo.

Relatórios apontam mais de US$ 400 milhões em liquidações em 24h, com destaque para:

  • cerca de US$ 105M em BTC;
  • aproximadamente US$ 169M em ETH;
  • e dezenas de milhões envolvendo outras moedas como SOL.

Essa “flushada” limpa boa parte dos excessos de alavancagem, mas dói no bolso de quem entrou tarde e exagerou nos multiplicadores (20x, 50x, 100x).

1.2. Apagão de valor de mercado

Com isso, o valor total de mercado das criptomoedas chegou a perder na faixa de US$ 60 bilhões em pouco tempo.

Em termos percentuais, pode parecer “pouco” frente a US$ 3,1 a 3,2 tri, mas:

  • é uma pancada relevante para quem opera curto prazo;
  • serve como lembrete de que cripto ainda é um mercado muito sensível a alavancagem e fluxo.

2. O cenário de hoje: rali de alívio, não euforia

2.1. Bitcoin reagindo acima de US$ 91 a 92k

Depois da pressão, o Bitcoin:

  • se recupera para a faixa de US$ 91.000 a 92.000,
  • alguns portais falam até em alta de cerca de 2% a 3% no dia, dependendo da janela de comparação,
  • ainda assim, permanece bem abaixo do topo histórico acima de US$ 126.000 visto semanas atrás.

É aquele típico movimento de:

“segurou no suporte, aliviou a alavancagem, agora respira”.

Não é ainda uma inversão clara de tendência, mas interrompe a sequência de candles vermelhos e dá fôlego para quem está posicionado.

2.2. Ethereum em recuperação um pouco mais forte

O Ethereum também acompanha o movimento:

  • preço na região de US$ 3.120 a 3.160,
  • com alta diária um pouco superior à do BTC, na casa de 2% a 3%.

Fundamentalmente, ETH carrega alguns fatores positivos:

  • narrativa de oferta em queda nas corretoras;
  • uso crescente em DeFi e L2;
  • expectativa com upgrades recentes, como o Fusaka, que melhoram capacidade da rede.

Isso ajuda a explicar por que, em alguns dias, ETH consegue reagir um pouco melhor que BTC.


3. Medo & Ganância em 20 a 24: por que o humor continua pessimista

3.1. O que significa o índice em 20

O Crypto Fear & Greed Index em torno de 20 é classificado como “Extreme Fear” por provedores como Alternative, MEXC e outros dashboards de sentimento:

  • 0–24 → medo extremo;
  • 25–49 → medo;
  • 50 → neutro;
  • acima de 50 → ganância.

Medo extremo geralmente aparece quando:

  • houve queda forte recente;
  • o noticiário fica carregado de manchetes negativas;
  • houve muita liquidação forçada e realização de prejuízo.

Historicamente, esses períodos de medo extremo muitas vezes coincidem com:

  • bons pontos de entrada de longo prazo para quem tem convicção e gestão de risco;
  • mas também com alta volatilidade no curto prazo (ou seja, ainda dá para cair mais antes de estabilizar).

3.2. Por que o sentimento demora a virar

Mesmo com o preço reagindo, o sentimento costuma demorar porque:

  • muita gente ainda está presa em níveis mais altos (acima de US$ 100k, por exemplo);
  • qualquer alta é usada por parte do mercado para “sair no zero ou com pouco prejuízo”;
  • a correlação com macro (Fed, juros, bolsa global) ainda gera insegurança.

Resultado:

o gráfico melhora antes do humor e isso é normal.


4. Leitura prática para o trader/investidor brasileiro

4.1. Diferença entre rali de alívio e retomada de tendência

O movimento atual tem cara de rali de alívio:

  • forte queda recente;
  • flush de alavancagem;
  • recuperação técnica até zonas de resistência de curto prazo.

Isso é diferente de:

  • rompimentos consistentes de resistências relevantes (por exemplo, BTC voltando e ficando acima de US$ 96k a 100k com volume);
  • melhora clara de macro (Fed cortando juros com tom dovish, melhora sustentada em bolsa global, etc.).

Para quem opera:

  • rali de alívio é oportunidade de ajustar posição, reduzir risco ou buscar trades táticos;
  • retomada de tendência exige confirmação, não só um ou dois candles verdes.

4.2. Gestão de risco em ambiente de medo extremo

Com índice de medo em 20 a 24, o recado é duplo:

  • prêmio para quem aguenta volatilidade e enxerga longo prazo;
  • mas também há risco real de novos legs de baixa se dados macro ou fluxo piorarem.

Boas práticas:

  • evitar alavancagem alta principalmente depois de ver o que US$ 400M em liquidações fazem com o mercado;
  • definir tamanhos de posição coerentes com a sua renda e perfil de risco;
  • diferenciar claramente “trade” de “alocação de longo prazo” são caixas diferentes.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o cenário atual

1. Essa recuperação de hoje significa que o pior já passou?
Não dá para afirmar. O movimento atual parece mais um rali de alívio após uma queda forte e liquidações pesadas. Pode ser início de reversão? Pode. Mas só dá para falar em retomada mais sólida se o preço voltar a romper zonas de resistência importantes com volume consistente (por exemplo, BTC acima de US$ 96k–100k com força).


2. Índice de medo em 20 é bom ou ruim?
Depende do horizonte:

  • para quem pensa curto prazo, significa mercado tenso, com risco de mais volatilidade;
  • para quem pensa longo prazo, historicamente períodos de medo extremo costumam oferecer melhores preços médios, desde que haja disciplina e diversificação.

3. Vale a pena comprar bitcoin ou ethereum nesse tipo de recuperação?
É uma decisão de risco. Tecnicamente, depois de uma flushada e com medo extremo, o risco-retorno pode melhorar para quem pensa anos à frente. Mas:

  • não existe garantia de que esse seja “o fundo”;
  • sempre há chance de cair mais;
  • por isso, estratégias como DCA (aportes fracionados) e limite de exposição costumam ser mais saudáveis do que all-in.

4. O que é exatamente essa “flushada” de US$ 60 bi?
É um termo informal para descrever um movimento em que:

  • o mercado apaga dezenas de bilhões de valor de mercado;
  • há onda de liquidações de derivativos (como esses US$ 400M em 24h);
  • o preço “lava” quem estava alavancado demais, “resetando” o book.

5. Como usar o Índice de Medo & Ganância na prática?
Algumas formas:

  • como termômetro de sentimento, nunca como sinal sozinho;
  • para evitar comprar em euforia extrema (acima de 80) e vender em pânico extremo (abaixo de 20);
  • combinado com análise de preço, volume e contexto macro (Fed, inflação, bolsa).

Conclusão: rali de alívio em mar de medo

O quadro de hoje é bem claro:

  • market cap cripto de volta à casa de US$ 3,1 a 3,2 tri;
  • BTC respirando em US$ 91 a 92k depois de testar níveis abaixo de US$ 88k;
  • ETH reconstruindo terreno acima de US$ 3.120;
  • mas o Índice de Medo & Ganância travado em medo extremo, mostrando que a confiança ainda não voltou.

Para o trader e o investidor brasileiro, isso reforça três pontos:

  1. Volatilidade continua sendo parte do jogo especialmente em mercado lotado de alavancagem.
  2. Sentimento leva mais tempo para virar do que o preço candles verdes não curam trauma da noite para o dia.
  3. Gestão de risco manda mais do que acertar o fundo exato sobreviver ao ciclo é mais importante do que “cravar o trade perfeito”.

Diego Alberto

Escritor

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