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Human-Centred AI e experiência do usuário (UX) no setor financeiro

Descubra como a Human-Centred AI está transformando a experiência do usuário em serviços financeiros, alinhando tecnologia avançada às necessidades, preferências e contexto dos clientes.

Introdução

A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente nos serviços financeiros desde automação de processos até análise de risco e recomendação de investimentos, mas nem sempre isso se traduz em experiências positivas para os usuários. Por isso, cresce o interesse por abordagens de Human-Centred AI (IA centrada no humano) que colocam as necessidades reais e o comportamento do cliente no centro do desenvolvimento de sistemas inteligentes. Essas abordagens não se limitam à eficiência técnica de algoritmos, mas buscam integrar soluções que respondam diretamente ao contexto, preferências e expectativas das pessoas que usam produtos financeiros, aprimorando a experiência do usuário (UX) e fortalecendo a confiança em tecnologias automatizadas.

Neste artigo, você verá como a Human-Centred AI está sendo estudada e aplicada no design de sistemas financeiros inteligentes, quais princípios orientam essa abordagem e quais benefícios e desafios ela traz para serviços financeiros com foco no usuário.

O que é Human-Centred AI e por que ela importa

A Human-Centred AI é uma abordagem de desenvolvimento de inteligência artificial que não prioriza apenas métricas técnicas como acurácia ou desempenho, mas sim a relação entre tecnologia e usuários humanos, considerando fatores emocionais, contextuais e sociais no design e uso de sistemas inteligentes. Essa perspectiva enfatiza o papel do usuário no processo de criação e avaliação das soluções, buscando maximizar utilidade, satisfação, confiança e bem-estar no uso diário.

Estudos acadêmicos recentes destacam que, ao aplicar Human-Centred AI no setor financeiro, instituições conseguem:

  • compreender profundamente as necessidades individuais, preferências e padrões de comportamento dos clientes;
  • personalizar serviços, recomendações e interações a partir de contextos e perfis reais;
  • alinhar soluções tecnológicas aos objetivos e expectativas dos usuários.

Essa abordagem é especialmente importante em serviços financeiros digitalizados, em que a confiança, clareza das recomendações e a facilidade de uso influenciam diretamente decisões de alto impacto, como investimentos ou decisões de crédito.

Human-Centred AI e design de experiência (UX)

Um elemento central da Human-Centred AI é o foco na experiência do usuário (UX) o conjunto de percepções, emoções e respostas que uma pessoa desenvolve ao interagir com um sistema. Essa experiência vai além de interfaces esteticamente agradáveis e inclui fatores como usabilidade, acessibilidade, contexto de uso, confiança, explicabilidade e sensação de controle sobre as soluções digitais.

Pesquisas sugerem que, para desenvolver IA com foco no usuário, é preciso repensar os modelos tradicionais de design e criar novas metodologias adaptadas à era da IA. Um exemplo é o movimento “UX 3.0”, que propõe um paradigma de design focado em experiências habilitadas por inteligência artificial, integrando características como experiências baseadas em ecossistemas, inovação impulsionada por IA e interações colaborativas entre humanos e máquinas.

Personalização centrada em comportamento e contexto

Uma das maiores promessas da Human-Centred AI no setor financeiro é a capacidade de adaptar digitalmente serviços e recomendações ao comportamento individual de cada usuário. Isso inclui adaptar estratégias de investimento a perfis de risco, sugerir produtos financeiros com base em preferências de uso, ou organizar painéis de informações intuitivas conforme hábitos de navegação e necessidade do cliente tudo com foco em resultados relevantes ao usuário real, não apenas em métricas de performance algorítmica.

Interfaces e interações centradas no humano

A Human-Centred AI também enfatiza design de interfaces e interações que considerem emoções, cognição e contexto de uso. Isso significa criar sistemas que facilitam processos complexos (como aplicações de crédito ou contratações de produtos financeiros) reduzindo atritos e ambiguidade, e que sejam intuitivos mesmo para usuários com menor familiaridade tecnológica.

Explicabilidade, confiança e tomada de decisão

Para que uma IA seja considerada centrada no humano, ela precisa ser explicável e compreensível, permitindo que os usuários entendam não apenas o que o sistema sugere, mas por que ele faz tais recomendações. Essa transparência é fundamental para a confiança e adoção de soluções inteligentes em serviços financeiros, especialmente em decisões importantes que envolvem risco e capital.

Aplicações práticas no setor financeiro

No contexto financeiro, a aplicação de Human-Centred AI pode ocorrer em diversas frentes:

  • Robo-advisors com personalização contextualizada: sistemas automatizados de recomendação de carteiras de investimento que consideram não apenas dados financeiros, mas preferências individuais, tolerância ao risco e objetivos de vida do cliente.
  • Serviços de suporte e atendimento habilitados por IA: chatbots e assistentes que interpretam intenções e contexto de forma mais humana, com respostas adaptadas ao estilo e necessidade do usuário.
  • Design de experiências intuitivas em aplicativos financeiros: desde painéis de controle até fluxos de onboarding que se ajustam ao perfil técnico do usuário, melhorando acessibilidade e satisfação geral.

Essas aplicações demonstram que Human-Centred AI não é apenas uma questão técnica, mas uma estratégia que pode elevar o nível de relacionamento entre instituições financeiras e seus clientes, promovendo experiências mais relevantes, personalizadas e confiáveis.

Benefícios da abordagem centrada no humano

A adoção de Human-Centred AI no setor financeiro pode trazer benefícios concretos, entre eles:

Melhoria da satisfação e fidelização do cliente
Ao alinhar serviços às necessidades e preferências reais dos usuários, as instituições tendem a fidelizar mais clientes e reduzir churn.

Aumento da confiança em sistemas automatizados
Explicabilidade e personalização contextualizada reduzem a sensação de alienação frente a sistemas inteligentes, reforçando a confiança do usuário.

Redução de erros e frustrações
Sistemas desenhados com foco em UX reduzem gargalos, confusões e mal-entendidos no uso, o que se traduz em menor necessidade de suporte e retrabalho.

Inclusão e acessibilidade
Quando o design considera contextos variados, incluindo capacidades diferentes e níveis variados de experiência tecnológica, o resultado é uma oferta mais inclusiva e representativa de necessidades humanas.

Desafios e considerações

Apesar dos benefícios, implementar Human-Centred AI não está isento de desafios:

Complexidade de alinhar tecnologia e contexto humano
A integração de modelos técnicos com prioridades humanas exige equipes multidisciplinares, tempo de pesquisa qualitativa e iterações constantes de design.

Privacidade e ética
Coletar dados ricos para personalização exige rigorosas práticas de governança, transparência e consentimento explícito dos usuários.

Balancear automação e controle humano
É essencial garantir que sistemas inteligentes não removam a sensação de agência dos usuários, mantendo sempre a capacidade de entendimento e decisão humana no loop.

FAQ(Perguntas frequentes)

O que é Human-Centred AI?
É uma abordagem de desenvolvimento de IA que prioriza necessidades, valores e experiências humanas, em vez de apenas otimizar métricas técnicas.

Como isso melhora a experiência do usuário (UX)?
Ao considerar preferências, contexto e comportamento do usuário real, os sistemas se tornam mais intuitivos, confiáveis e ajustados às expectativas daqueles que os utilizam.

Human-Centred AI é diferente de design tradicional de UX?
Sim. Enquanto o design tradicional de UX foca na interação entre usuário e interface, Human-Centred AI amplia essa perspectiva para incluir a integração entre tecnologia inteligente e valores humanos em todas as fases do desenvolvimento.

Quais setores financeiros podem se beneficiar?
Praticamente todos: bancos digitais, corretoras, plataformas de investimento, fintechs de crédito, seguros e serviços de consultoria financeira adaptativa podem aplicar Human-Centred AI para elevar a experiência do cliente.

Conclusão

A Human-Centred AI representa um avanço no desenvolvimento de soluções de inteligência artificial para o setor financeiro ao integrar tecnologia inteligente com necessidades humanas reais. Essa abordagem coloca o usuário no centro do processo, desde a pesquisa até o design e implementação, contribuindo para experiências mais personalizadas, confiáveis e alinhadas ao comportamento e contexto dos clientes.

Ao adotar práticas de UX centradas no humano e frameworks de Human-Centred AI, instituições financeiras não apenas melhoram a satisfação dos usuários, como também fortalecem a confiança e aumentam a competitividade em um mercado cada vez mais orientado por experiências e valores humanos um aspecto essencial na era da transformação digital inteligente.

Fabricio Oliveira

Escritor

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